Os melhores atletas do País estiveram reunidos em São Paulo, neste fim de semana, para a última competição do ano, a terceira etapa do Circuito Loterias CAIXA Brasil de Atletismo, Halterofilismo e Natação, em São Paulo. As disputas no Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa (COTP) contaram com mais de 500 competidores, entre eles argentinos e colombianos. Apesar do cansaço acumulado pelas provas disputadas ao longo de 2011 e dos Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara (novembro), o nível técnico elevado foi mantido e 30 recordes brasileiros quebrados (16 no atletismo, cinco no halterofilismo e nove na natação).
O Circuito é conhecido como revelador de novos talentos e mesmo em sua última etapa rendeu surpresas. Foi o caso da nadadora Letícia Freitas que, aos 17 anos, já fez história ao vencer e bater o recorde brasileiro nas quatro provas que disputou.
A mineira, radicada em São Paulo desde criança, nada há quatro anos e começou a convite do técnico Luis Antônio, do Clube Mesp. Com 25% da visão, ela nada na classe S13, para deficientes visuais.
“Foi muito emocionante quebrar quatro recordes na última etapa. Vale a pena a dor, o treino árduo, a água gelada. Conquistar o ouro é fascinante”, disse a menina, que treina seis vezes por semana e é considerada Geração Rio 2016.
“Esta etapa mostrou uma evolução boa dos atletas visuais. Percebemos que os técnicos estão pelo Brasil afora aprimorando seus treinos, e uma das respostas é a Letícia, que é uma atleta nova, da classe S13 feminina, onde precisava de uma renovação. O Circuito se encerra com uma boa projeção para 2012”, analisou o coordenador técnico da natação, Murilo Barreto.
As meninas foram as responsáveis por todos os recordes batidos nesta etapa. No total, foram nove recordes nas piscinas.
Atletismo
Entre nomes consagrados da modalidade no Brasil e no exterior, novos talentos começam a se firmar na pista e no campo. Foi o caso do jovem Yagonny de Souza, 19 anos, que começou a correr em outubro do ano passado e já é dono do recorde brasileiro nos 800m rasos T46/45, com o tempo de 2m04s67.“É gratificante ter esse reconhecimento. Nunca tinha pensado em correr e comecei como reabilitação após meu acidente (recebeu uma descarga elétrica de 12.900 volts, tendo queimaduras pelo corpo e amputado as duas mãos), na Andef, e hoje sonho representar o Brasil nas Paralimpíadas e principalmente em disputar provas com atletas sem deficiência, como Oscar Pistorius (da África do Sul, que tem as duas pernas amputadas)”, revelou o meio-fundista. Ele passará a integrar a Seleção Brasileira Juvenil em 2012 e é considerado promessa para 2016.
Halterofilismo
No levantamento de peso houve uma inovação. Aproveitando a estrutura do Circuito, realizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), a Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV) fez a Copa Brasil de Powerlifiting. A modalidade, voltada para atletas com deficiência visual, não faz parte do programa de provas das Paralimpíadas, mas tem ganhado força e espaço no País.Os resultados das provas das modalidades de atletismo e natação estão disponíveis no site: http://neocompeticao.com.br/circaixanacional3/default.asp
Fonte: site do Comitê Paraolímpico Brasileiro - www.cpb.org.br
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